FUTSAL

Formados para formar

2019-03-19
Formados para formar

Esta é a primeira de três entrevistas para dar a conhecer melhor os jovens treinadores que temos no clube.

Luís Gomes, atleta entre a época 2009/2010 e 2011/2012, deixou de praticar e aceitou o convite para ensinar os jovens da formação. Luís, também carinhosamente conhecido por Guinxo, está a treinar os escalões do Desportivo Jorge Antunes desde a época 2012/2013.



Não podemos começar sem saber como é que o Desportivo Jorge Antunes aparece na tua vida?
O Desportivo Jorge Antunes aparece na minha vida por intermédio de amigos que já jogavam. Tinha a intenção de praticar exercício e então comecei a aparecer aos treinos, tendo estado meio ano só a treinar porque a época ia a meio.


Qual o motivo que te fez deixar de praticar Futsal?
O principal motivo foi o Vasco, não tinha hipóteses perante aquele “monstro”, e havia mais opções com qualidade. Eu como já tinha começado tarde, estava uns pontos atrás deles.


O convite para integrar o clube surge de que forma?
Surge através do Toni Cunha, na altura era o coordenador geral da formação. Viu em mim aspetos que se calhar se enquadravam no perfil que ele queria para um treinador de guarda-redes de benjamins.


Ser treinador sempre fez parte dos teus planos/interesses?
Inicialmente não era essa a minha ideia. Toda a gente quer é jogar, estar lá dentro, principalmente com os 16 anos que eu tinha na altura, mas fui começando a ver as coisas de outra forma e agora é o que mais quero fazer. Fazer disto vida!


És treinador de guarda-redes, gostavas de assumir o “papel principal”? Qual o teu maior objetivo enquanto treinador?
Sinceramente não, penso que não tenho perfil para treinador principal e o que me dá mesmo gosto são os guarda-redes. O meu objetivo passa por evoluir enquanto treinador e principalmente ajudar a evoluir os miúdos, quer como jogadores quer como pessoas!


Atualmente estás em três escalões (traquinas, benjamins e iniciados), quais as maiores diferenças/dificuldades encontras no trabalho que realizas?
São muitas as diferenças, nos traquinas e benjamins basicamente trabalha-se a partir do zero, pega-se em miúdos que nem correr sabem e vamos trabalhando os aspetos básicos. Nos iniciados as coisas já são diferentes, já são miúdos que o trabalho básico já tem de estar feito e passa-se para uma componente mais tática, trabalha-se já o início do futsal puro.


Qual é a sensação de ver a evolução destes atletas? É prazeroso e faz com que sintas que é um trabalho bem feito?
É deveras prazeroso…. Vou dar o exemplo do Vítor (atualmente na equipa de juvenis), que peguei nele do zero e vê-lo chegar agora a um nível bastante bom, é aquela sensação de dever cumprido. Depois há o caso do João, que trabalho com ele desde o início, tinha ele 7 anos, acompanhar de perto a evolução dele e recentemente ser chamado à Seleção Distrital, isso é a cereja no topo do bolo enquanto treinador.


Ensina-se a jogar Futsal, mas como é que se faz para que estes jogadores respeitem e gostem do clube?
Acho que isso aparece naturalmente nos miúdos, principalmente quando andam aqui desde muito pequenos. Estamos num clube em que a ligação entre os diversos escalões é muito próxima e eles próprios vão passando isso de uns para os outros.


O clube sempre foi conhecido pelas excelentes e diferentes condições que oferecem aos seus atletas. Acreditas que é um dos motivos para que os atletas escolham praticar Futsal ao invés de “fugir” para o Futebol?
Sim, sem dúvida. Poucos são os clubes que oferecem melhores condições do que nós e depois há o histórico riquíssimo que possuímos. Quem não quer pertencer a um clube que tem no seu palmarés uma Taça de Campeões Europeus, Taças de Portugal e diversos outros títulos. Embora o facto de não termos equipa sénior durante este tempo abalou um pouco, mas creio que com os seniores de volta vamos voltar a sobressair.


Foste atleta e agora és treinador…. Quais são as maiores mudanças que notas ao longo destes anos?
Sim, várias. Principalmente a nível de infraestruturas, que melhoraram tremendamente.


Para terminar, o Desportivo Jorge Antunes associa-se a diversas causas de solidariedade social e os seus atletas acabam por estar envolvidos. Acreditas que estas ações ajudam na formação de pessoas/adultos melhores no futuro?
Sem dúvida, porque apesar de sermos uma escola de futsal, o nosso principal objetivo é formar homens para o futuro e para uma sociedade cheia de carências, de necessidades e de uma realidade muitas vezes desconhecida para os jovens.
 

Não podemos terminar esta entrevista sem o fator surpresa. Haveriam, certamente, muitas pessoas para deixar uma mensagem ao Luís, mas ninguém melhor do que a família e alguém que trabalha, semanalmente, com ele há 3 anos no Desportivo Jorge Antunes.

“Meu irmão, estou muito orgulhosa pelo que te tornaste. Ainda me lembro de quando te inscrevi na Fundação Jorge Antunes, eras um pequenote. Sempre pronto a trabalhar, para conseguires ser melhor, sempre gostaste de ser guarda-redes e agora estás a ajudar os pequenos a conseguir alcançar os seus melhores objetivos e resultados. És tão dedicado e fazes disso a tua prioridade, o que admiro em ti. Desejo que consigas alcançar tudo o que desejas tanto na vida profissional como pessoal! És o meu rapa caçoilas e serás sempre o meu menino!

Liliana Gomes (Irmã)

"Quando entrei para o DJA, vi algo que me agradou como pessoa e com o passar do tempo mais me convenceu que estava certo, que ali estava um homem com cara de de menino. Dá-me gozo trabalhar com uma pessoa como tu.  És profissional, estás sempre disponível para ajudar quando necessário e os nossos meninos gostam muito de ti. Espero que continues no DJA por muito mais tempo. Abraço"

Andrade (Diretor Benjamins)


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