FUTSAL

Vasco Ribeiro: "Ter cantado o Hino Nacional dentro de campo foi de arrepiar"

2015-03-09
Vasco Ribeiro:

Vasco Ribeiro, guardião das redes dos Sub-20 do Desportivo Jorge Antunes, concluiu há dias a sua primeira internacionalização pela Seleção das Quinas em Sub-20. Em entrevista ao site do Desportivo Jorge Antunes, o jovem atleta vizelense fala do que sentiu quando recebeu a convocatória, da sua prestação na Letónia, e ainda do quanto a sua formação no clube e em casa foram importantes para a sua evolução enquanto pessoa.

DESPORTIVO JORGE ANTUNES: Para ti foi uma surpresa a convocatória do Selecionador José Luís Mendes?
VASCO RIBEIRO: 
Sim, por um lado foi mesmo uma boa surpresa, porque eu nem sequer sabia que ia haver este estágio na Letónia. Mas por outro lado estou bem ciente do trabalho que faço e já há algum tempo que ambicionava ter o meu nome numa convocatória. Graças a Deus isso aconteceu.

DJA: Aos 19 anos tiveste a tua primeira internacionalização. O que sentes quanto a isto e o que esperas para o teu futuro na modalidade?
VR:
 Foi muito bom ter visto o meu nome na convocatória, é sinal de que o meu trabalho é reconhecido. Como disse o Mister José Luís, “só lá está quem é da elite a nível nacional”, por isso só posso pensar que, com muito trabalho e dedicação, o futuro pode ser muito risonho nesta modalidade.

DJA: Como correu a viagem até à Letónia?
VR:
A viagem à Letónia foi muito cansativa, muitas horas de viagem e muitas horas de escalas. Mas com as condições que nos deram tudo correu bem e foi uma grande experiência. O que vou lembrar para sempre é o facto de, pela primeira vez, ter cantado o Hino Nacional dentro de campo, foi simplesmente de arrepiar.

DJA: Como foi o ambiente entre os colegas de outros clubes que também foram convocados e equipa técnica?
VR:
 No início foi um pouco complicado porque foi a primeira vez e não conhecia ninguém, mas depois, com o passar do tempo e com a ajuda dos restantes jogadores e das estratégias de integração da equipa técnica, comecei a interagir muito mais com toda a gente. No segundo dia já estava completamente integrado. O pessoal lá era excelente e as brincadeiras eram muito frequentes. Um ambiente e umas condições muito boas mesmo.

DJA: Como decorreram os jogos?
VR:
 Os jogos correram bastante bem, pois cumprimos com os nossos objetivos, que era ganhar. Como toda a gente já vinha de convocatórias anteriores, exceto eu, já estavam todos muito bem entrosados e isso torna o jogo mais fácil de jogar. É de ressalvar que o Pavilhão esteve cheio e que é sempre bom ver na bancada emigrantes a apoiar-nos.

DJA: Jogaste nas duas partidas e foste titular na segunda. Como avalias a tua prestação?
VR:
 Eu penso que a minha prestação foi muito boa, pois como sou guarda-redes cumpri com a minha obrigação, que era não sofrer golos. Sempre que fui chamado a intervir fiz o meu trabalho. É muito bom sair do primeiro estágio e das duas primeiras internacionalizações com as quinas ao peito com a baliza inviolável.

DJA: O que aprendeste com esta experiência e com o Selecionador Nacional?
VR:
Esta experiência foi muito produtiva pois deu para nos prepararmos para o que é a Seleção A. Este estágio serviu principalmente para nós, os jogadores, ganharmos uma bagagem de conceitos sobre o que é a Seleção principal e as suas rotinas.

DJA: Como jogador do Desportivo Jorge Antunes, em que é que achas que a tua formação no clube contribuiu para esta convocatória?
VR:
 É óbvio que a formação neste clube foi fundamental para esta chamada, não só pelo trabalho diario efetuado mas também porque foi aqui que há 11 anos comecei a dar os primeiros passos nesta modalidade. Este clube ajudou-me a crescer dentro e fora de campo, porque também me fez evoluir como pessoa. Mas há que lembrar que também todas as equipas técnicas com quem trabalhei e todos os jogadores com quem joguei contribuíram para esta chamada à Seleção.
Não me podia era esquecer do meu pai, pois foi ele que no início desta carreira, quando fui aos primeiros treinos deste clube e não sabia dar um chuto na bola, me treinava horas e horas fora do campo e basicamente me ensinou tudo. No fundo, foi ele o timoneiro disto tudo.

DJA: Qual a tua previsão para o que resta do Campeonato Nacional de Sub-20?
VR:
 Neste momento estamos numa posição desconfortável em que os responsáveis somos nós, mas estamos a trabalhar para voltarmos novamente às vitórias. Esse é o nosso principal objetivo, ganhar já o próximo jogo. Penso que podemos muito bem dar a volta a esta situação e colocarmo-nos numa melhor posição no Campeonato Nacional.

DJA: Também fazes parte da equipa de Futsal da AAUM? Como concilias tudo o que fazes no Desporto com os estudos?
VR: 
Sim, também faço parte da equipa universitaria do Minho, mas felizmente os treinos são de tarde, por isso dá para ir também. Sinceramente, o Futsal não é entrave nenhum nos estudos. Dá muito bem para conciliar os estudos com o desporto. Basta apenas sermos organizados: quando é para estudar, estuda-se; quando é para jogar, joga-se. Quem corre por gosto não cansa. É como dizem os meus pais, tenho tempo para tudo.